REZADOS
LEITORES DO MINUANO (15 anos no papel em Estância Velha- RS)
e da Claudete Rihl, jornalista por formação, e pensadora por transgressão.

Muitos devem estar se perguntando por que levei
tanto tempo para voltar à ativa, já que desativei a circulação do jornal em
dezembro, e se passou metade do ano. Primeiro, em fevereiro fiz uma visita
amigável ao presidente da Câmara, que não me levou a sério, e depois de 3 meses
mandou dizer pelo jurídico da Casa que não tinha verba pública para o meu novo
projeto. Ainda mandou perguntar se eu queria por escrito, num total desrespeito
a minha história na cidade. De vida e de profissionalismo. Mas, não pensem que
deixei de trabalhar porque não veio verba dali. Aliás, fui lá pensando em uma
alternativa de verba pública, já que fui maltratada em 3 anos de Governo
Waldir. Neste meio tempo, tive um baque daqueles para o qual a gente nunca está
preparada. Minha amiga, companheira, irmã, de todos os dias do ano passado,
Soninha Freitas, faleceu (11/04/2012). Só ela e eu sabemos (sabíamos?) do que
aconteceu no decorrer de 2011 nos bastidores da empresa. E eu, como boa
extremista que sou, sofri até sangrar. Agora sei que ela está bem, bem melhor
do que aqui, onde sofria com os efeitos colaterais da doença crônica com a qual
convivia. Meu Grupo de Saúde a terá como inspiração, já que em fevereiro ela
tentou marcar uma consulta com Dermatologista, na saúde pública de Estância
Velha, e só conseguiu para… julho!!! Então, me programei: vou recomeçar junto
com o início da campanha eleitoral. Confesso que amo política. Não por acaso,
já que meu pai, emancipacionista, ajudou a “libertar” esta cidade de São
Leopoldo. Cresci com ele nas campanhas, até que em 1982 fui, pela primeira vez,
candidata. Então com 24 anos, para satisfazer meu pai, e sei que os mais de 100
votos, que quase deu pra se eleger, foram para ele, eu nem era conhecida. Vinte
e seis anos depois, por acaso o meu número na primeira eleição, lá estava eu,
novamente, candidata. Depois de três anos sem verba pública na Prefeitura do PT
de Toco, ele me convidou para entrar no partido. Waldir também queria que eu
fosse para o seu partido. Preferi sair pela tangente, e entrei no PTB. Fui
candidata. Fiz 43 votos. Isso encerra o assunto. Hoje, 9 de julho, estou
entregando meu pedido de desfiliação, e pretendo nunca mais ter partido.
Costumo dizer que se partido fosse bom, seria inteiro. É claro que precisa
existir, é o sistema. Mas, jornalista precisa ser inteiro. Na fiscalização do
poder público, principalmente. Jornalismo não é espetáculo, é serviço público. AINDA
NESTA SEGUNDA-FEIRA, UMA MATÉRIA QUE VAI INTERESSAR AOS QUE SE PREOCUPAM COM A
EDUCAÇÃO, E INFORMAÇÃO, DAS FUTURAS GERAÇÕES DE ESTÂNCIA VELHA.