segunda-feira, 8 de abril de 2013

SAÚDE PESSOAL


 O que causa a perda auditiva

O barulho, e não a idade, é a principal causa da perda auditiva. A menos que vocês tomem providências agora para proteger seus ouvidos, mais cedo ou mais tarde muitos de vocês – e de seus filhos – terão dificuldade para entender até mesmo simples conversas.
O barulho, e não a idade, é a principal causa da perda auditiva. A menos que vocês tomem providências agora para proteger seus ouvidos, mais cedo ou mais tarde muitos de vocês – e de seus filhos – terão dificuldade para entender até mesmo simples conversas. Essa perda auditiva permanente pode ser causada pelos barulhos do dia a dia que nós consideramos como fatos normais da vida.
"A triste verdade é que muitos de nós somos responsáveis por nossa própria perda auditiva", escreveu Katherine Bouton em seu novo livro, "Shouting Won't Help" ("Gritar Não Ajuda"). A causa, ela explica, é "o barulho a que nos submetemos dia após dia".

Embora haja inúmeros regulamentos para proteger as pessoas que trabalham em ambientes barulhentos, há relativamente poucos regulamentos sobre a exposição repetida ao ruído fora do ambiente de trabalho: tocadores de música portáteis, shows de rock, secadores de cabelo, sirenes, cortadores de grama, sopradores de folhas, aspiradores de pó, alarmes de carros e outras fontes incontáveis.
Nós vivemos em um mundo barulhento, e ele parece ficar mais barulhento a cada ano: depois do atendimento ruim, o barulho é a segunda principal reclamação sobre restaurantes. Os proprietários acreditam que as pessoas gastam mais em comida e bebida em locais movimentados, e muitos criaram novos locais ou revitalizaram os antigos para maximizar o nível do som. Quando me falam sobre um novo restaurante, minha primeira pergunta é: "É barulhento?". Meus amigos e eu nunca voltamos àqueles cujo barulho torna impossível conversar com quem está sentado à sua mesa.
Os ouvidos são instrumentos frágeis. Quando as ondas sonoras entram no ouvido, fazem o tímpano vibrar. As vibrações são transmitidas para a cóclea, no ouvido interno, onde um fluido as carrega para fileiras asseadamente organizadas de células ciliadas. Estas, por sua vez, estimulam as fibras nervosas, cada uma sintonizada em uma frequência diferente. Esses impulsos viajam através dos nervos auditivos até o cérebro, onde são interpretados como, por exemplo, palavras, música ou um veículo se aproximando.
Os danos a esse aparato delicado resultam tanto do volume quanto do tempo de exposição ao som. Barulhos muito altos, ou exposições crônicas ao som, mesmo que não seja particularmente alto, podem causar danos nas células ciliares, fazendo com que elas fiquem desordenadas e se degenerem.

STF discute divulgar nomes de investigados nos processos


O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Joaquim Barbosa, aproveitou o julgamento de um inquérito na sessão desta quinta-feira para defender em plenário o fim da regra segundo a qual investigações que chegam à Corte apresentam apenas as iniciais do indiciado, não o nome completo. A regra inicial, portanto, é o sigilo, mesmo sem que o segredo tenha sido oficialmente decretado pelo Judiciário. Caso o relator considere conveniente, ele autoriza a divulgação do nome completo do investigado no andamento processual.
Barbosa ameaçou revogar a regra hoje mesmo. Marco Aurélio Mello o apoiou. No entanto, outros três ministros do tribunal Luiz Fux, Ricardo Lewandowski e Dias Toffoli - ponderaram que a discussão deveria ocorrer na sessão administrativa, não em plenário.
O assunto começou a ser debatido em sessão administrativa em março do ano passado, quando Carlos Ayres Britto era presidente do tribunal. Ayres Britto e Marco Aurélio votaram pela revogação da regra, mas Fux pediu vista. Hoje, Fux prometeu levar seu voto à próxima sessão administrativa, que ainda não tem data marcada. Barbosa concordou.
- Espero que o colegiado tenha o bom senso de abolir essa prática na próxima sessão administrativa - disse Barbosa.
A discussão ocorreu no julgamento de um inquérito de relatoria de Lewandowski. O nome do investigado não estava revelado no andamento processual. Entretanto, durante a sessão, o nome dele foi dito, sem que nenhum ministro apresentasse oposição. Foi quando Barbosa sugeriu revogar a regra do segredo.
- Diante da manifestação unanime do plenário, vou determinar o fim dessa prática - disse o presidente.
Lewandowski protestou:
- Estou de acordo, mas há um rito que deve ser cumprido. Se formos levar diretamente ao plenário, vamos nos sobrepor ao trabalho das comissões. Essa é uma questão relativamente complexa, que comporta nuances.
Em seguida, Toffoli explicou que a regra foi adotada na gestão de Cezar Peluso, hoje aposentado. O STF tinha aberto inquérito para investigar o então presidente do Banco Central, Henrique Meirelles. Na época, para os ministros, a repercussão do caso afetou a credibilidade das instituições brasileiras, mesmo sem que a culpa de Meirelles tenha sido comprovada.
- Esse fato não justificava a adoção de uma prática de total falta de transparência - protestou Barbosa. - A presunção de inocência não pressupõe essa opacidade que prevalece no âmbito dos processos criminais no Supremo. A regra na administração pública é a publicidade, e não a opacidade.
- A sociedade tem o direito de saber quem está sendo investigado - concordou Marco Aurélio. (O Globo)
FONTE: Associação do Ministério Público de Minas Gerais  - 05 de Abril de 2013