Em sua primeira experiência na F1 como titular em um time de ponta, Bruno Senna deixou claro que quer aproveitar a chance e evoluir rapidamente como piloto. O brasileiro ressaltou o perfil perfeccionista e disse que está satisfeito com o ambiente competitivo da Renault
1- Bruno Senna já sente claramente as diferenças entre o ambiente de um time de ponta, como é a Renault, e uma equipe do fundo do grid, como é a Hispania, onde correu em 2010. Substituto de Nick Heidfeld no cockpit do carro desde Spa-Francorchamps, o brasileiro ganhou a chance de ser titular até o fim da temporada, e para honrar a confiança do time anglo-francês, o piloto não quer decepcionar. Ao contrário, Senna, que se definiu como um perfeccionista, pediu para ser exigido ao máximo pela nova equipe, visando principalmente evoluir na carreira e apresentar bom desempenho nas pistas.
2- Em entrevista coletiva concedida no paddock de Monza, palco do GP da Itália, que acontece neste fim de semana, Bruno deixou claro que o feedback da Renault é fundamental para melhorar como piloto, sobretudo neste novo ciclo de sua carreira.
3- 'Quando estou trabalhando, sou um perfeccionista, tento acertar tudo. Trabalho muito duro e tento dar 100% o tempo todo quando estou no carro. Então, se eu não faço bem-feito, então fico irritado', comentou o brasileiro nesta quinta-feira (8). 'Se a equipe comete um erro, tenho certeza que posso apontar isso para eles, da mesma forma que se eu não estou andando bem, tenho que lhes dizer: 'Vocês têm de ser duros, porque eu quero trabalhar para fazer o melhor'.'
4- Senna disse que o clima mais competitivo dentro da Renault lhe agrada bastante. 'O ambiente de trabalho é muito duro, não que seja de uma maneira ruim, mas é algo assim: 'Vamos lá tentar o máximo possível para atingir o limite o tempo todo', e é por isso que eu estou feliz com o trabalho agora', admitiu o companheiro de Vitaly Petrov.
5- Ciente de que ainda está começando sua carreira na F1, Bruno disse que precisa focar no desenvolvimento do carro e quer usar a experiência de ter pelo menos mais sete provas até o fim do ano para evoluir neste quesito.
6- 'O maior desafio é que os jovens pilotos não têm necessariamente o caminho correto para avançar com o desenvolvimento do carro. Mas isso é relativo, às vezes um piloto pode ter isso naturalmente, e às vezes ele aprende isso', salientou o piloto da Renault.
7- 'Esta é a experiência que eu venho tendo, saber se minha forma de pensar e minha forma de trabalhar com a equipe vai ser automaticamente boa para o desenvolvimento do carro ou não. Mas eu tenho algumas corridas para tentar isso', acrescentou.
8-Depois de ter completado o GP da Bélgica em 13º, Senna deu a entender que terá outra postura para a etapa de Monza, principalmente por já não ter mais de conviver com o peso de estrear por uma equipe de ponta e também por estar garantido na Renault até o fim do ano.
9- 'Primeiro é que eu já tenho um fim de semana, então não estou indo [para Monza] como um completo desconhecido. E também há o fato de que eu vou correr até o fim da temporada, o que é ótimo. Isso significa que a equipe quer me dar a chance de ficar no carro', ponderou o brasileiro. 'Vai ser uma grande oportunidade para me colocar à prova. Mas terei uma abordagem bem diferente em relação a Spa', finalizou Bruno.
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