* Por Carlinhos
A cada eleição, querendo ou não, somos espectadores de uma série
de candidaturas, muitas ao Legislativo, poucas ao Executivo. Vou abordar a
segunda. Em Municípios do nosso porte, é comum a apresentação de três ou quatro
propostas de candidatos ao Executivo.
Em suma, a situação naturalmente, apresenta um sucessor ao seu
governo, quando não, o próprio prefeito; a oposição, por sua vez, apresenta seu
candidato que vem com outras propostas; mas há também, a chamada terceira via,
essa na maioria dos casos, é constituída de ex-governistas que foram convidados
a se retirarem, ou então, de parte da oposição que não via sua voz ecoar como
tal.
Para obterem êxito na votação, várias estratégias de campanha
eleitoral são usadas. No dia da eleição uma proposta sairá vencedora.
No período da transição de governo, a administração que finda seu período, passa para si mesma, ou para outro,
as diretrizes do futuro governo. Quando o mandatário assume seu primeiro dia,
se depara com a vida real, e sem querer acreditar, começa a se decepcionar,
porque a maioria das ações que passou a campanha pregando, na verdade, não
passam de falácias de quem não sabia o que estava falando.
E agora José? Precisa governar, e governar para todos, não apenas
para a parcela que o elegeu, e os problemas começam a se amontoar. Em Estância Velha foi
assim na eleição de 2008. E a triste realidade está aí, a olhos nus se pode
constatar a decepção da população com o que ela vê daquele que a governa.
Governar, sem sombra de dúvidas, é uma arte! Já foi dito pelos
sábios: o governante precisa ser humilde ao ponto de assumir que errou e pedir
desculpas; precisa ter a capacidade de ouvir àqueles que o falam, até mesmo ao
mais simples dos seres humanos, talvez esteja ali o saber popular que lhe
falta; precisa ser uma referência de respeito e ética para os seus comandados,
e que a última palavra seja a sua; precisa ter o controle da máquina que está
em suas mãos, nesse caso, a máquina pública; precisa ter fé em Deus e pedir,
todos os dias, a Ele que lhe dê sabedoria para conduzir a vida das pessoas como
se cuidasse de um jardim de flores com carinho, conhecimento, ações e muito
respeito.
A rotina de quem governa é cheia de surpresas, em muitos casos, de
espinhos e dissabores, e ele precisa ter a grandeza para refletir sobre as
críticas e não sair disparando para todos os lados. Não será necessário
procurar adversários, eles virão ao natural, pois, estamos numa República, onde
o sistema é de um Estado Democrático de Direito: as pessoas dizem o que pensam
a agem com seu livre arbítrio.
Estância Velha merece que aquele que for conduzir o futuro de sua gente,
seja uma pessoa que conheça a arte de governar: nossa querida cidade está
carente de alguém com sabedoria, ética e capacidade.
O lado positivo da nossa história é que quem a escreve somos nós
mesmos, o conjunto de cidadãos que formam a comunidade, por isso, desejo a
todos que sejam protagonistas dessa história.
* Vereador de Estância Velha 2001/2012
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