segunda-feira, 1 de novembro de 2010

PSDB depois de mais uma derrota de Serra

PSDB mineiro defende oposição de qualidade
Vitória de Aécio e mais uma derrota de Serra põem fim à hegemonia paulista no partido, podendo agora começar a ser um partido realmente nacional
Fonte: Agência Estado
O secretário-geral do PSDB, deputado federal Rodrigo de Castro (MG), admitiu nesta segunda-feira (1º) que a perda de espaço no Congresso "é um 'dificultador' a mais para a oposição", especialmente em relação ao Senado, mas ressaltou que o objetivo é fazer uma "oposição de qualidade". - Vai ser sempre uma oposição firme, uma oposição serena, é claro, sempre visando o bem do Brasil, dialogando quando tem de dialogar, mas também mostrando os pontos fracos e mostrando os caminhos. Com certeza será uma oposição de qualidade. Fortalecido pela vitória na eleição majoritária estadual, capitaneada pelo ex-governador e senador eleito Aécio Neves, o PSDB mineiro aposta que a prática irá evidenciar o fim da hegemonia paulista no partido. Aécio já articula apoios buscando estabelecer uma agenda própria do Congresso, para tirar do Parlamento do que considera um papel de submissão da Casa em relação ao Executivo. A intenção é fazer com que o Legislativo tome a iniciativa de discutir reformas estruturantes para o País. Um dos mais importantes aliados de Aécio, o secretário-geral considera agora fundamental a união do partido. - Não se faz um projeto presidencial pensando numa hegemonia de quem quer que seja, ou de um Estado em relação ao outro. Segundo ele, não há "cisão" entre Minas e São Paulo. - O PSDB tem de ter, por exemplo, uma presença maior no Nordeste, o PSDB tem que ter uma articulação melhor com outros partidos da oposição. Então, são vários desafios que temos que atravessar, sempre almejando a unidade do partido e não a cisão.
Arrogância
Os tucanos mineiros já esperavam reações como a de Xico Graziano, coordenador do programa de governo de José Serra, na rede de microblogs Twitter. O presidente do PSDB-MG, deputado federal Narcio Rodrigues, rebateu a afirmação de Graziano que havia sido irônico: "Perdemos feio em Minas Gerais. Por que será?!", postou no Twitter o coordenador, após a confirmação da vitória de Dilma. - Por vários motivos. Entre eles, talvez, o fato de muitos mineiros não terem esquecido a arrogância de posturas como a dele [Graziano] que, felizmente, são manifestações isoladas no conjunto das forças do nosso partido. Em Minas, a petista obteve 58,45% dos votos válidos, contra 41,45% do candidato tucano. Uma diferença de quase 1,8 milhão de votos, um pouco acima da registrada no primeiro turno. - Se 100% dos eleitores mineiros tivessem votado em Serra ainda assim teríamos perdido as eleições por milhões de votos.

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